Revista Graphprint - Edição 179

GRAPHPRINT SETEMBRO 17 Eventos 27 Latina e gerente geral da Veja, nos EUA, empresa italiana fabrican- te de equipamentos para conversão de cartões e ondulados, além de ex-professor visitante na Universidade de Bologna. Segundo o palestrante, o setor de embalagens apresenta indicadores de crescimento em países menos desenvolvidos e novos materiais estão sendo estudados para alcançar o modo sustentável. “Há uma pressão maior sobre os donos da marca para melhorarem o ‘shelf appeal’ do produto que está conduzindo o desenvolvimento das técnicas e tecnologias de impressão entre os convertedores. O uso de cores e uma gama maior de acabamentos encorajam no- vos cenários dentro do setor de embalagens, além dos desafios de impressão, como ‘wash boarding’. Neste caminho, o processo de rotogravura vai perder espaço para lito e flexo. Há ainda claros in- dicadores de crescimento da impressão digital dentro do setor de embalagem”, disse, entre outros vários pontos discutidos, Corti. Ainda de acordo com Corti, a embalagem pronta para o varejo é uma tendência nos EUA. O executivo da Bobst ressaltou ainda que as regulamentações estão cada vez mais exigentes sendo que a impressão e o acabamento terão de atuar de acordo com as regras. Antes do almoço, Sandro Sandro J. Cardoch, engenheiro, empre- sário e mentor, com mais de 20 anos de experiência em um am- plo espectro de aplicações industriais, falou sobre “Alternativas para produção de rótulos e etiquetas de alta qualidade”. O diretor comercial para a América Latina da Smag Graphique trouxe ao congresso as técnicas de impressão e de acabamentos que coor- denam gráfica e convertedor na criação de soluções exclusivas. Hamilton Terni Costa recebeu a tarefa de evitar a famosa sesta pós-almoço. Brincadeiras à parte, o diretor da AN Consulting, dire- tor para América Latina da NPES, ex-presidente da ABTG e um dos criadores do curso de pós-graduação Gestão Inovadora da Empre- sa Gráfica na Faculdade Senai Theobaldo De Nigris, onde ministra as matérias de Gestão Estratégica e Marketing Industrial, chegou animado para falar sobre gestão da tecnologia na inovação de produtos com serviços. Na abertura da sua apresentação, Costa convidou a todos a entra- rem na era da ‘servitização’. Sim, servitização. É um termo aca- dêmico usado basicamente para definir como produtos e serviços podem usar plataformas diferenciadas com o objetivo de entregar soluções cada vez mais adequadas. “A quantidade de produtos ao nosso alcance é grande, por isso os produtos e serviços precisam estar encaixados com a demanda. Há uma nova era de comparti- lhamento de coisas, produtos e serviços. Carro compartilhado nos EUA, por exemplo, já é realidade, sendo um serviço disseminado como rastro de pólvora. A GM já apresentou serviço de Concierge dentro do carro. A ideia é usar produtos como plataformas adicio- nais. Isso é o processo de servitização”, considerou o palestrante. Outro ponto apresentado por Hamilton foi como a transformação acaba sendo um processo de mudança de mentalidade: “Começa na cabeça e termina na cabeça. Mudanças de mentalidade e es- trutura estão juntas. Um fabricante passa a ser provedor de ser- viços alterando funções de acordo com as novas necessidades. Já não dá mais para ser uma gráfica de venda transacional que pega o orçamento, precifica, concede o desconto e tenta fechar o pedido. É importante trabalhar dentro do cliente, atento ao desen- volvimento do negócio dele. A mudança radical pode ser disrupti- va quando começa a mudar o setor. Consequentemente o radical pode se transformar no disruptivo.” Hamilton aproveitou a oportunidade para provocar os participan- tes do congresso a se transformarem em fornecedores de servi- ços avançados. “Sair do ato de ser reprodutor de originais para fornecer serviços e marketing na comunicação crossmedia. É preciso repensar o negócio, desde que haja vontade para repen- sar. A empresa precisa ser eficiente sem deixar de estar antenada aos processos anteriores, aproximando-se assim do que chamam de impressão 4.0, a internet das coisas. Antigamente, compráva- mos máquinas que duravam 20 anos. Hoje os equipamentos estão mais flexíveis, assim como as novas plataformas, que podem ser construídas para determinados mercados. O negócio é dinâmico e os movimentos não estão reservados somente para as grandes empresas”, considerou Hamilton. Alexandre Keese entrou no palco para falar sobre impressão fun- cional e industrial com foco na diversificação de substratos que podem ser impressos atualmente. Keese explicou que o mercado atual demanda por mais trabalhos, porém com tiragens menores e mais personalizadas, com a indústria passando da produção em massa para a personalização em massa. O palestrante passou ainda pelos mais diversos conceitos de impressão industrial, im-

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