Revista Graphprint - Edição 186

GRAPHPRINT Jul/Ago 2018 45 Cenário São Paulo é responsável por 46,7% do ín- dice de empregabilidade da chamada Eco- nomia de Aplicativos no país. Em janeiro de 2017 foram gerados 312 mil postos de trabalho na área de tecnologia e desenvol- vimento de aplicativos móveis no Brasil. Só em São Paulo foram 146 mil novos postos de trabalho no mesmo período. Os dados são da pesquisa “A Economia de Aplicativos no Brasil” realizada pelo centro de pesquisa americano Progressive Policy Institute, publicada em fevereiro do ano passado. Dos 312 mil postos de trabalhos gerados, 85% se destinavam a empresas brasileiras de desenvolvimento de softwares do sis- tema operacional Android e 53% para o sistema iOS. Os números somam mais de 100% devido às especificações das vagas, por, muitas vezes, exigirem conhecimento em ambos os sistemas. De acordo com o estudo, a porcentagem de adultos utilizando smartphones no Bra- sil quase triplicou entre 2013 e 2015. Em 2015, 61% dos brasileiros entre 18 e 34 anos tinham o aparelho. Atualmente, se- gundo a pesquisa “Global Digital Report 2018”, o índice subiu para 67%. O Brasil é líder em uso e download de aplicativos móveis na América Latina, o que justifica o índice de empregabilidade do setor em alta mesmo após dois anos seguidos de contração econômica no país. Segundo Julio César Nitsch, coordenador São Paulo é o estado que mais gera empregos na chamada “App Economy” No Brasil, foram 312 mil vagas ofertadas pelo setor de tecnologia e desenvolvimento de softwares em janeiro de 2017, de acordo com pesquisa internacional da especialização de Engenharia em Sof- twares para Dispositivos Móveis do Cen- tro Universitário Internacional Uninter, o brasileiro usa, em média, 11 apps por dia, número que chega a 40 por mês. “Engana- -se quem associa o alto número de down- loads de apps aos jogos virtuais. A maior demanda do setor da chamada Economia de Aplicativos é para a criação de softwares de serviço para o setor bancário, educacio- nal, beleza e cosméticos e saúde”, explica. Acessar dados bancários no celular, estudar para provas e consultar preço das marcas mais usadas no cotidiano virou um hábito importante para os brasileiros. Em 2017, quase 30% das compras on-line foram fei- tas por smartphones. A questão, agora, é se o Brasil conseguirá tirar vantagem dessa enorme oportunida- de de mercado. Um sinal positivo é que o montante de dinheiro investido no Brasil em startups de tecnologia cresceu muito desde 2011 e está avaliado em US$ 1,3 bi- lhão ao ano. “Isso possibilitará a criação de novas companhias de tecnologia que usa- rão aplicativos móveis como seu core busi- ness e gerar ainda mais empregos”, avalia o coordenador. EMPREGABILIDADE NA ‘APP ECONOMY’ Em 2017, o setor de tecnologia da infor- mação brasileira tinha expectativa de 5,7% de crescimento comparado a 2016. Em 2018, a expectativa é que o crescimento seja de 5,8%, segundo a consultoria IDC Predictions. Baseado em tendências glo- bais, acredita-se que postos de trabalho da Economia dos Aplicativos irá crescer não só no Brasil, mas em todo o mundo. “Não apenas desenvolvedores de aplicativos se- rão empregados, mas toda a cadeia de pos- tos de trabalho indiretos ligados a outras empresas da área que está em crescimen- to”, afirma Nitsch. Equipes de força de venda, recursos hu- manos, gestores e outros tipos de funcio- nários, conforme a pesquisa, fazem parte dos 312 mil postos de trabalho gerados em janeiro de 2017. Nos Estados Unidos, as ofertas de trabalhos relacionados à Eco- nomia de Aplicativos têm crescido 30% anualmente. E a Economia de Aplicativos brasileira parece viver crescimento similar. “A App Economy tem pouco mais de dez anos; surgiu a partir de 2007, com a intro- dução do iPhone”, conta o coordenador. Pela definição do estudo, App Economy é todo o ecossistema de empregos, empresas e lucros conectados ao desenvolvimento de aplicativos móveis. O Brasil teve um rápi- do crescimento na formação de profissio- nais da área - são pessoas que desenham e criam aplicativos que serão distribuídos nacionalmente e internacionalmente. “Os próximos anos serão decisivos no desen- volvimento das tecnologias que acom- panham os Apps. Como é uma área que aceita muitos participantes, se destacarão aqueles que procurarem estudar e se apri- morar de forma constante nos conheci- mentos que envolvem a área. O campo é praticamente ilimitado e de excelente ren- tabilidade”, finaliza.

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