Page 51 - 129

Basic HTML Version

ARTIGO
GRAPHPRINT JAN/FEV 13
51
dotados das mais modernas tecnologias.
Escolher as soluções corretas, conside-
rando o ciclo completo de produção, é um
grande trunfo para o sucesso dos negó-
cios. Também são interessantes a troca
de ideias com outros empresários – já
que nesse segmento a concorrência ten-
de a ser menor do que entre as grandes
corporações – e a participação em feiras
e exposições, nacionais ou internacionais.
Enfim, a informação e o conhecimento
profundo do setor de atuação são fatores
fundamentais para a tomada de deci-
sões, como também a escolha dos par-
ceiros que estarão ao lado do empresário
nesta jornada.
Pequenas empresas, grandes decisões!
“Não há, na atual situação do mercado gráfico brasileiro, espaço para
uma grande margem de lucro. Isso reafirma a importância das decisões
acertadas na contratação de serviços, escolha de insumos e compra de
equipamentos, que devem ser dotados das mais modernas tecnologias.
Escolher as soluções corretas, considerando o ciclo completo de
produção, é um grande trunfo para o sucesso dos negócios.”
Por Dieter Brandt*
No mundo inteiro, a atuação do pequeno
empresário é reconhecida como um dos
fatores que “arejam” a economia. A pe-
quena empresa, tradicionalmente, está
presente em todos os setores da ativi-
dade, absorvendo mão de obra, inclusive
aquela com maior grau de dificuldade no
mercado, como jovens em busca pelo pri-
meiro emprego e as pessoas com mais de
40 anos. Além disso, dinamizam o nível
de atividade dos municípios e bairros das
grandes cidades.
empregando 47 mil pessoas e perfazendo
78,8% do total do mercado.
Nesse segmento, no qual o relacionamen-
to cliente/fornecedor é fundamental, cria-
-se um círculo de confiança. O cliente pro-
cura soluções que, nas pequenas gráficas,
geralmente são dadas pelo proprietário. É
ele também quem costuma ir às feiras de
equipamentos e toma as decisões mais
acertadas sem precisar do aval de um ou
mais centros de decisão, o que não acon-
tece nas grandes corporações.
Segundo dados do IBGE, as médias e pe-
quenas empresas representam 20% do
PIB brasileiro, são responsáveis por 60%
dos 94 milhões de empregos e constituem
99% dos 6 milhões de estabelecimentos
formais existentes no País. A partir do ano
2000, a participação do setor aumentou
bastante: a taxa de crescimento anual foi
de 4% para o total de empresas, indepen-
dentemente do porte; para as pequenas,
foi de 6,2%; as micro, entre 2000 e 2008,
foram responsáveis por aproximadamen-
te metade dos postos de trabalho formais
criados, ou seja, 4,5 milhões de empregos.
No mercado gráfico essa participação é
ainda mais evidente. Levantamento da
Associação Brasileira da Indústria Gráfica
(Abigraf) mostra que as empresas com até
nove funcionários totalizam quase 17 mil,
Essa situação representa também um de-
safio para o pequeno empreendedor. É ele
quem decidirá qual investimento vai valer
a pena para a sua empresa. Nos novos
tempos, o empresário tem de estar pre-
parado para dirigir suas estratégias em
um foco específico. No mercado gráfico,
a empresa pode especializar-se em ofere-
cer um produto mais ágil com melhor pre-
ço ou um trabalho mais focado na criati-
vidade. Escolher um foco e se orientar por
ele pode fazer toda a diferença para este
empresário.
Não há, na atual situação do mercado grá-
fico brasileiro, espaço para uma grande
margem de lucro. Isso reafirma a impor-
tância das decisões acertadas na contra-
tação de serviços, escolha de insumos e
compra de equipamentos, que devem ser
*Dieter Brandt é presidente da Heidelberg
do Brasil.