Revista Graphprint - Edição 163 - page 8

Entrevista
GRAPHPRINT MARÇO16
8
GRAPHPRINT: A sua visão positiva de mercado passa
pelo segmento de impressão digital?
Gutiérrez:
Paramim émais focado em offset. Eu não vejo o
digital preparado para atender a demanda industrial. Muito
se fala, mas no final não se atinge o nível do offset. O digi-
tal vem ocupando o seu espaço nomercado gráfico, mas o
grande volume vive do offset. Uma impressora offset bem
configurada com o setup adequado já produz de forma ren-
tável trabalhos a partir de 250 folhas
O digital tem de resolver a questão dos insumos e a própria
vida útil damáquina. Não estou falando demáquinas peque-
nasqueconquistaramseumercado.As industriaisnecessitam
demelhorasemsuas tecnologias.PodeserquenaDrupaveja-
mosboasnovidades,masaindaooffset vai continuarabsoluto
nesse segmento de grandes demandas. Paramim é também
uma questão de preço. Os preços dos consumíveis do digital
não são baixos, os gráficos sentem na hora da produção. Há
aindaaquestãoda vidaútil doequipamento, queémuitocur-
ta. Odigital temde resolver tudo issopara falar em impressão
industrial. Vai chegar, claro,masaindanãoé realidade.
GRAPHPRINT: Mesmo assim veremos na Drupa um pú-
blico atento aos novos desenvolvimentos com foco no
digital, não acha?
Gutiérrez:
As feirasdasgrandesmudançasnãoexistemmais.
Terminou há três Drupas passadas omovimento por novida-
des. Hojeemdiaoclientenãopodeesperar quatroanos,mui-
tomenos os fornecedores. A tecnologia temde sermostrada,
épreciso vender e fazer dinheirodeambosos lados.
Para consolidar o negócio é preciso convencer o cliente e
mostrar amáquinamais adequada dentro da nova raciona-
lidade de compra. Omundo não é dos grandes nem dos pe-
quenos, é dos rápidos, não dos lentos. Eu creio que haverá
uma evolução, principalmente na tecnologia inkjet.
GRAPHPRINT: Como aHeidelberg lida com a nova racio-
nalidade?
Gutiérrez:
:Somos focadosem racionalidade, por isso temos
uma aceitação importante no mercado. Tentamos explicar
muito bem ao cliente o que vendemos. Comercializar uma
máquina semmostrar exatamente o que o cliente comprou é
umgrande problema para o futuro.
Lidamos com clientes que confiam naHeidelberg. Amáquina
tem de dar dinheiro, tratamos a venda com atenção. Quere-
mos que o clienteganhe, assim todos ganham. Paramimnão
existem clientes complicados, afinal todos querem omesmo,
que é realizar umaboa impressão eque a empresa escolhida
consiga acompanhar suas demandas, seja por consumíveis
ou assistência técnica. Meu celular fica 24 horas ligado para
atender a quemprecisa.
Cada um deve olhar seu negócio com atenção e aproveitar o
momento para pensar em novas ações. A pergunta que tem
de ser feita é: em quanto tempo o Brasil vai se recuperar? E
não se vai sair dessa.
“Ao nosso favor temos diversos eventos em 2016. O consumo continua emuito se engana
quem pensa que as gráficas não estão trabalhando. Os problemas que arrastam o país, como
linhas de crédito escassas, dificultam,mas não impedem a retomada.As gráficas que estão bem
posicionadas estão imprimindo com sucesso.”
“Somos focados em racionalidade, por isso
temos uma aceitação importante nomercado.
Tentamos explicarmuito bem ao cliente o que
vendemos. Comercializar umamáquina sem
mostrar exatamente o que o cliente comprou
é um grande problema para o futuro.”
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