Revista Graphprint - Edição 164 - page 5

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GRAPHPRINT ABRIL 16
EDITORIAL
A sua leitura é a
nossaprincipal impressão
Vejo com entusiasmo notícias positivas circulando em nosso querido, amado e ido-
latrado (salve, salve) setor. Recente matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo
estampou o seguinte título: “Mercado de livros digitais não decola no Brasil e estagna
nos EUA e Europa”. O texto, da jornalista Joana Cunha,mostrou que a indústria brasi-
leira de impressão de livros já não teme que a leitura digital leve grande parte de seus
consumidores, como ocorreu no mercado de música. Um dos motivos são os sinais
de estagnação que a venda de livros digitais já dá nos Estados Unidos e na Europa.
De acordo com a matéria, segundo a Association of American Publishers (entidade
do setor nos EUA), as vendas de e-books (livros eletrônicos, que podem ser lidos em
e-readers, tablets, PCs ou smartphones) caíram 11% nos primeiros nove meses de
2015 em relação a igual período de 2014. Joana apurou que no Brasil não há dados
oficiais sobre vendas de livros digitais, segundo o presidente do Sindicato Nacional
dos Editores de Livros,Marcos daVeiga Pereira. Indico a leitura completa pormeio do
link:
Outra notícia que desperta a atenção também foi publicada pela Folha com o titulo de
“Negócios digitais, como Google e Uber, destroem valor, diz autor”. A jornalista Anna
VirginiaBalloussier levou ao conhecimento do público que“a economia digital deveria
nos salvar”. Mas, de acordo com a matéria, e na visão de Douglas Rushkoff, virou a
vilãdahistóriaao falhar em fazer domundoum lugarmelhor.O textomostrouquepara
Rushkoff as contas privadas abastecem um “self-service de dados para o Facebook.
O Uber, a princípio um serviço de carona paga no qual motorista e passageiro saíam
ganhando, usa condutores informais emal pagos para atropelar a concorrência.OAir-
bnb transformou o apartamento do vizinho num lucrativo dormitório, sem pagar taxas
para tanto. Professor naUniversidade daCidade deNovaYork, Rushkoff escreve sobre
tecnologiadesdeos anos1990 (quando cunhou termos como“mídia viral”).No livro, à
vendanaAmazon (outragiganteda internet...) porUS$14,99 (aversãoparaKindle,em
inglês), ele argumenta que as companhias digitais se comportam como uma invasão
alienígena: chegam, extraem o máximo possível e não se importam com o rastro de
destruição deixado para trás.
“Nem os investidores do Google tampouco o famoso 1% (parcela da população que
teria mais dinheiro do que os 99% restantes) são culpados pela crescente desigual-
dade da economia digital», diz Rushkoff. Sugiro, permita-me, a leitura completa da
matéria escrita por Anna Virginia por meio do link:
Segundo relatório da Organização Mundial da
Propriedade Intelectual (OMPI), nanotecnologia,
impressão 3D e robótica estimulam crescimento
econômico.O Japãoeos EstadosUnidos seencon-
tram na vanguarda do desenvolvimento de inova-
ções, como a impressão 3D, a nanotecnologia e a
robótica, três tecnologias com potencial de impul-
sionar o crescimento econômico, de acordo com o
novo relatório publicado pelaOMPI. De acordo com
o documento, Japão, Estados Unidos, Alemanha,
França, Inglaterra e Coreia do Sul acumulam 75%
das patentes nas áreas de impressão 3D, nanotec-
nologia e robótica. Somente a China, país de renda
média, está se aproximando ao grupo, somando
mais de um quarto das patentesmundiais na área
de3D e robótica.Na áreadenanotecnologia, opaís
apresenta 15% das patentes domundo.
Uso como argumento esses exemplos positivos
para tentar animar alguns nichos de impressão
que passampormomentos de baixa. Convido você,
agora, a ler a edição que preparamos commuito
carinho e dedicação.
Saudações GRAPHPRINTENSES
Fábio Sabbag
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