Revista Graphprint - Edição 173

GRAPHPRINT JAN/FEV17 7 Entrevista Há 34 anos no mercado gráfico, a Comprint enxerga o atual momento como omais desafiador? Como dizia Tom Jobim, “o Brasil não é para principiantes”. A atual crise econômica é realmente severa e nunca vimos o empresariado em geral tão desanimado e sem confiança. Isso, obviamente, impacta a venda de máquinas e bens de capital emgeral. Entretanto, nãoéaprimeira vez queenfren- tamosumcenárioadverso. Em todosessesanosdeComprint enfrentamos hiperinflação, desvalorizações e trocas demoe- da,diferentes regimespolíticosepolíticascomerciais,ausên- cia de crédito e por aí vai. Ainda assim, da mesma maneira que encontramos formas de contornar os obstáculos, pude- mos também aproveitar as oportunidades que ummercado grande e emdesenvolvimento, como o brasileiro, pode ofere- cer. Somos, oumelhor, continuamos realistas em relação ao presente e otimistas em relação ao futuro. A empresa consegue transitar nos mercados digitais e de flexografia há anos. Isso quer dizer que há possibili- dade de crescimento nestes segmentos?Quais as estra- tégias para alavancar as vendas? Com certeza há possibilidade de crescimento em ambos os mercados. Oprópriomercadodeembalagens tendeacrescer com a demografia no Brasil e isso nosmotiva a oferecer em nosso portfólio equipamentos daHP Indigo,ABG eHighcon. No digital, o aumento de SKUs com tiragensmenores, a ex- celente qualidade do produto final e a ampliação do leque de uso nos geramais argumentos de vendas com os clien- tes e nos ajuda a aumentar a penetração dessa tecnologia nomercado. Além disso, sempre buscamos identificar seg- mentos que apresentam o maior potencial de crescimento e oferecer para nossos clientes diferentes tecnologias para impressão e acabamento. Na indústria de comunicação renasce a ideia de que a mídia impressa tem um futuromelhor daqui em diante. Algumasmídias, que chegaram com o intuito de predar ademandapor impressão, estão sucumbindo ou se aco- modando de forma até que natural. Você enxerga assim oatualmomentodademandapor impressãoouaindahá sérios obstáculos pelo caminho? Certamente o mundo é outro quando comparamos com o mercadográfico emque atuávamos 34 anos atrás. No entan- to, é nítido ummovimento de “volta” à impressão tradicional e entendemos que asmídias eletrônicas e impressas podem e devem conviver. Cabe também lembrar que o segmento de embalagens, eti- quetas e rótulos sempre foi nosso foco. Nesse segmento, a tecnologia vemmais para sofisticar, viabilizar e/oubaratear a impressão, ao invésde substituí-la. Ocasode tiragensmeno- res e aumento deSKUs exemplifica bem essa situação. O radar de atuação da Comprint, além de gráficas, com- preendemarcação e codificação, impressão 3D e eficiên- cia energética. Sãomercados com sinergia ou há equipes distintas?Paraasgráficas,qual odiferencial daComprint? Historicamente, temos forte atuação nas áreas gráfica e “industrial”, como chamamos o grupo que compreende co- dificação, manufatura aditiva (3D) e eficiência energética. Preferimos manter equipes de vendas e assistência técni- cas dedicadas para cada linha. Ainda assim, podemos tirar proveito de certas sinergias comerciais, como no caso de marcação e numeração no liner em etiquetas, com nossas máquinasHitachi. Emgráficas,buscamoscapitalizarnossoconhecimento técnico e de mercado, atuando como um consultor de soluções para nossos clientes. O fatodepoder oferecer linhas complementa- res de produto certamente ajuda a reforçar nossa presença e relacionamento junto ao cliente; oferecemos os equipamentos não sópara impressão,mas tambémparaacabamento. Em 2016 quais foram os principais desafios vencidos pela empresa? É possível falar em crescimento? Num cenário desafiador para novas vendas, nossas priori- dades em 2016 foram garantir o bom atendimento de nossa base instaladadeclientes,manter umaposiçãofinanceirasó- lida para atravessar o período de crise e estar bem posicio- nados para a eventual recuperação domercado. Estamos sa- tisfeitospor ter atingido todososobjetivoscitados,masainda mais contentes por temos conseguido fechar novos negócios nos 3º e 4º trimestres do ano, o que nos permitiu crescer em relação a 2015. “Historicamente, temos forte atuação nas áreas gráfica e“industrial”, como chamamos o grupo que compreende codificação,manufatura aditiva (3D) e eficiência energética. Preferimosmanter equipes de vendas e assistência técnicas dedicadas para cada linha.”

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