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Papéis Especiais
Multiverde
Melo: No Brasil e em alguns outros países os papéis sempre foram vis­
tos como commodity. A partir dos formatos A-4 e com as diversificações
mais atuais de papéis para impressão rápida e doméstica, essa per­
cepção começa a se transformar. A utilização de papéis finos está ga­
nhando musculatura, essa é uma tendência porque o papel fino quando
utilizado de maneira apropriada enobrece a comunicação do impresso,
tornando-o mais sofisticado. O papel passa a incorporar a própria men­
sagem das embalagens.
Não sei dizer qual é o patamar ideal; no caso da Multiverde seria 100%
finos, mas nossa leitura é de que quanto melhor informados, especifica­
dos e esclarecidos forem nossos gráficos sobre as características destes
papéis e o que podem agregar ao impresso, maior e melhor será o consu­
mo. Este esforço de conscientização envolve fabricantes, distribuidores,
produtores e todos os que fazem parte desta cadeia.
Vip Papers
Luciana: A Vip Papers, como pioneira nessa área, quando trouxe esse
conceito ao Brasil, sentiu as dificuldades comuns e hoje percebemos o
quanto esse mercado de papéis cresceu e o quanto o leque de variedades
aumentou, mas há muito a se fazer ainda para se aproximar do ideal. O
mercado brasileiro tem que se acostumar mais com o novo e estamos
chegando lá. Temos muitos profissionais extremamente qualificados nas
grandes fábricas de papel, portanto, não há razão para não atingirmos
essa meta.
Filiperson
Grassiotto: Em minha opinião, são dois fatores. O primeiro é o poder
aquisitivo. A minoria dos consumidores entende que a raridade, a ex­
clusividade e a qualidade diferenciada agregam valor a suas peças
impressas e se dispõem a acrescer um pequeno percentual a sua ver­
ba de produção das peças. Em segundo lugar cito a  necessidade de
maior divulgação. O consumidor sabe pouco sobre as possibilidades
em papéis especiais a sua disposição. Existe uma vontade, uma ne­
cessidade de diferenciar as peças impressas, porém ainda há pouca
informação sobre as variedades disponíveis, as possibilidades de de­
senvolvimentos exclusivos e os preços, que são acessíveis. Ou o con­
sumidor pouco sabe sobre as possibilidades ou imagina que é caro.
Isso está mudando, mas ainda não estamos próximos da realidade do
mercado europeu ou americano.