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Equipamentos para acabamento
tica ao seu portfólio de produtos. O mercado cresceu quando tecnologias
existentes apenas na Europa e nos Estados Unidos, com alto custo, foram
copiadas pelos asiáticos e oferecidas a preços interessantes para as em-
presas gráficas de médio porte.”
Para Lima, os equipamentos asiáticos abreviaram o espaço de investi-
mento das empresas. “Esse é um caminho sem volta e em expansão.
Somos os pioneiros nesse tipo de comércio e lutamos anos a fio para
quebrar a barreira do preconceito. Hoje assumimos posição de destaque
e não temos mais dificuldades. Tudo alcançado com muito trabalho e em-
penho”, fala o gerente da divisão gráfica do Grupo Furnax.
Pinheiro não acredita ainda que a entrada de equipamentos asiáticos
contribui para o desenvolvimento do mercado, e explica: “A entrada de
produtos asiáticos de baixa qualidade construtiva e de procedência ques-
tionável tem deixado muitos clientes decepcionados e eles estão perden-
do muito dinheiro. A ilusão de que se pode ter um equipamento de pre-
cisão de alta tecnologia pela metade do preço tem frustrado até mesmo
as grandes gráficas. Obviamente existem bons produtos, como os prove-
nientes do Japão e de algumas poucas fábricas da China. Infelizmente
não se leva em consideração os componentes usados ou qual redução de
custo de produção foram usados para se conseguir um produto similar
aos europeus ou japoneses.”
Para Luz, os equipamentos asiáticos chegaram muito forte ao mercado e
se firmaram porque são, notoriamente, máquinas fabricadas para atender
às necessidades atuais das gráficas. “São soluções com muita tecnolo-
gia agregada e não meras adaptações de tecnologias ultrapassadas. A
japonesa Horizon, por exemplo, representada por nós, da Man Ferrostaal,
no mercado brasileiro, é considerada a maior fabricante mundial de má-
quinas para acabamento gráfico e não é para menos. Estados Unidos e
Europa já a consagraram antes mesmo de seus equipamentos chegarem
por aqui”, acrescenta o gerente de vendas da Man Ferrostaal.
Machado entra na discussão novamente: “A entrada desses equipamen-
tos provenientes do mercado asiático contribui para atender determina-
dos mercados que não exigem a produção de trabalhos de alta qualidade
e produtividade. A Heidelberg tem uma preocupação constante com a
tecnologia utilizada em seus equipamentos. A entrada num determinado
mercado envolve muito mais que a venda de equipamentos; o pós-venda
é muito importante, assim como o histórico do fornecedor.”
Atenção à qualidade, assim como em todas as compras de equipamentos.
“Dependendo do equipamento, sim, houve contribuição para o desenvol-
vimento do mercado. Mas o cliente gráfico tem que ficar muito atento
à qualidade das partes que compõe esse equipamento, uma vez que a
máquina apresentará no futuro desgastes normais, ou ainda a quebra de