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Investimentos
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Por outro lado, Sérgio Tosolini, diretor geral e conselheiro da Ar-
convert na Itália, acentua que a intenção da empresa no mercado
nacional é trabalhar com a característica de fornecedor taylor made,
desenvolvendo produtos de acordo com as necessidades do mer-
cado. “Faz parte de nossa filosofia suprir a demanda do mercado
onde estamos e o desenvolvimento local faz parte disso”, pontua,
lembrando que quando o grupo iniciou sua produção de papéis es-
peciais na Itália havia em torno de 15 empresas no segmento; hoje
apenas duas sobrevivem, graças à capacidade de atender o merca-
do nas demandas de qualidade e redução de custo.
Localização estratégica
Jundiaí foi a cidade escolhida para sediar a primeira fábrica da
Arconvert Brasil por sua excelente localização geográfica e fácil
logística, que permite acesso rápido aos principais fornecedores
de matéria-prima e aos grandes mercados consumidores, Grande
São Paulo e cidades do interior paulista, que absorvem cerca de
60% dos autoadesivos no País. “Também favoreceram Jundiaí a
infraestrutura, a mão-de-obra especializada e o clima de baixa
umidade, benéfico para a produção de autoadesivos”, comenta
Roberto Restivo, diretor da empresa.
Ele explica que na primeira etapa a Arconvert Brasil cria 50 em-
pregos diretos, numa fábrica que ocupa apenas 9.280 metros
quadrados, em um terreno de 35 mil metros quadrados situado
no parque industrial FazGran III, no Distrito Industrial de Jundiaí.
Tem capacidade de produzir até 90 milhões de metros quadrados
de autoadesivos por ano, o equivalente a 18% do consumo atual
no Brasil. “A previsão de faturamento é de R$ 100 milhões já em
2010”, adianta Restivo.
A meta da Arconvert Brasil é ocupar toda a capacidade instalada
no prazo máximo de dois anos. “No entanto, se o mercado retomar
o ritmo de expansão de até 12% ao ano, como vinha mantendo
até 2008, temos planos de duplicar suas instalações em Jundiaí”,
acrescenta.
A principal máquina, uma laminadora de alta tecnologia, veio da
Alemanha, já que não há similar fabricado no Brasil. Os periféri-
cos, como máquinas de corte e de rebobinar, foram adquiridos no
País. Uma equipe de profissionais brasileiros ficou mais de dois
meses em treinamento na Itália para aprender a operar o maqui-
nário e dominar o sistema de qualidade da Arconvert, passando
por diversos setores da matriz.
Silvio Fagundes, conselheiro do Grupo Gafor, sócio e diretor da Ga-
for Distribuidora, por sua vez, acentua que é muito interessante a
preocupação que o sócio italiano tem em procurar permanecer na
vanguarda da tecnologia, adquirindo equipamentos modernos. “A
Arconvert tem uma dinâmica de operação que permite o proces-
so de atualização de tecnologia muito rapidamente, com recursos
próprios”, frisa.
A implantação da primeira unidade fabril fora do continente euro-
peu soma-se à coleção de conquistas obtidas pela Arconvert em
apenas 20 anos de operações. Nascida em 1989 na cidade de Arco
(província de Trento), ao norte italiano, a indústria rapidamente
expandiu horizontes. A produção média anual de filmes e papéis
autoadesivos já supera os 200 milhões de metros quadrados, dos
quais 55% são destinados à exportação para cerca de 50 países.
Uma das cinco divisões de negócios do Grupo Fedrigoni, a Arcon-
vert tem sua história iniciada anos antes, precisamente em 1965.
Foi quando Gianfranco Fedrigoni adquiriu dos Estados Unidos tec-