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GRAPHPRINT SETEMBRO 15
EDITORIAL
Quem temboca vai aRoma,
mas quem lê conhece omundo
Nunca se leu tanto jornal também nos EUA. O fenômeno já havia sido detectado em vários paí-
ses, inclusive no Brasil, como atestam os números que estão sendo divulgados em campanha
institucional daANJ.
Agora, a Newspaper Association of America (NAA – a ANJ dos EUA) divulgou dados relativos à
evoluçãodaaudiênciadigital dos jornaisamericanos.Emmarçodesteano, onúmerode visitantes
únicoscommaisde18anosdossites jornalísticosde láalcançou176milhões,contra146milhões,
em janeirode2014.Entremarçode2014emarçode2015,ocrescimentoocorreuem todasas fai-
xasde idade,excetonaquecompreendeaspessoasentre45e54anos,ondesemanteveestável.
Nomesmo período, o alcance líquido do conteúdo digital dos jornais entre os americanos passou
de 78% para 83%, um percentual ligeiramente inferior ao registrado pela internet como um todo,
mas comuma diferença significativa: umamaior participação dosmais jovens, uma vez que56%
daaudiênciados jornais têmmenos de45anos, enquantona internet essepercentual éde53%.
Já a oitava edição do levantamentoMídia e Política, realizado pelo instituto FSB Pesquisa,mos-
tra que 50% dos deputados federais têm na versão impressa dos jornais sua principal fonte
de informação. Chama a atenção que em 2008, no primeiro ano do estudo, apenas 13% dos
entrevistadosmencionavam aweb como sua fonte principal de informação. Já no estudo deste
ano, feito emmarço de 2015, esse percentual subiu para 37%. Os telejornais vêm na terceira
posição como amídia preferida, com 8% das citações. rádio (2%), revistas (1%) e outras (1%)
aparecem na sequência. A pesquisa foi realizada com 229 parlamentares, de 22 partidos com
representação naCâmara.
Temgentecomgranagraúdaentrandononegócio também.A famíliaAgnelli,donadaFiat,assu-
miu recentemente o posto demaior acionista doGrupoThe Economist ao adquirir boa parte dos
50% de participação que a editora Pearson tinha na companhia de origem britânica.
Emparalelo a todo aporte geradomundo afora, especificamente noBrasil, o investimento publi-
citáriomanteve-se estável no primeiro semestre de 2015, com ligeira alta de 0,8% em relação
aomesmo período de 2014. Os dados, do IbopeMedia,mostram que foram investidos R$ 60,1
bilhõesemcomprasdemídianosprimeiros seismesesde2015.ATVabertacontinuaa liderar o
rankingdosmeiosquemais receberam investimentos, representando55%do total.O jornal vem
em segundo lugar, com 13%, seguido deTV por assinatura (10%), display (7%),merchandising
(5%), revista (4%), rádio (4%), cinema (1%),mobiliário urbano (1%) e outdoor (0,1%).
Já no segmento de embalagens, a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) anunciou os
resultados do EstudoMacroeconômico da EmbalagemAbre/FGV“Retrospectiva do Primeiro Se-
mestre e Perspectivas para o fechamento de 2015”. Com volume bruto de produção previsto
para o ano na casa de R$ 57,5 bilhões, o setor apresentou recuo de 2,59% na produção física
da embalagem no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior,
e deve chegar a 3% até o fim do ano, de acordo com os números tradicionalmente apurados
pela Abre há 18 anos, sob a chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (Ibre/FGV).
Notícias boas estão no recente censo da Fespa sobre
mercado de impressão, que aponta otimismo e cresci-
mento. A pesquisa do Censo de Impressão da Fespa pu-
blicou seis tendências globais (entenda-as a seguir) que
devem conduzir a comunidade de impressão de grande
formato e de impressões especiais. Mais de 1,2mil en-
trevistados responderamaumquestionáriocompletoen-
tre maio de 2014 e abril de 2015. Os entrevistados das
Américas somam50%, daEuropa42% emais 8%da re-
gião da Ásia-Pacífico. No Brasil, as entrevistas foram fei-
tas durante a Fespa Brasil 2015. Os entrevistados repre-
sentam toda a cadeia de impressão, incluindo impressão
digital e serigrafia (34%), impressão comercial, gráficas
rápidas e lojas de reprografia (15%), sinalização (13%),
designgráfico (7%),agênciasdepublicidade (5%),dentre
outros. A novidade nesta pesquisa foram os fabricantes
industriais, que correspondem 8% dos entrevistados, o
que demonstra uma comunidade emergente de usuários
de impressão digital. A pesquisa é parte de uma colabo-
ração contínua entre InfoTrends e Fespa.
Saudações GRAPHPRINTENSES
Fábio Sabbag
