Revista Graphprint - Edição 172 - page 8

Entrevista
GRAPHPRINT DEZEMBRO 16
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retomadadademandaporprodutos impressos,sendoqueeste
sentimento foi incentivado por apresentações e depoimentos
realizados por renomados profissionais domercado publicitá-
rio, comoNizanGuanaes, Luiz Lara,Walter Longo, entreoutros.
Asexpectativasparaaseleições,dopontodevistadográ-
fico, estavam altas e com indicadores positivo. Após as
eleições, naprática, a indústriagráfica foi beneficiada?
O segmento gráfico promocional foi beneficiado no segundo
trimestre pelas encomendas de material de campanha para
as eleiçõesmunicipais, conforme indicadopela sondagemdo
terceiro trimestre realizada pelo departamento econômico de
nossa entidade, quemostrou que, aproximadamente,metade
dos empresários consultados observaram algum aumento na
demanda por conta das eleições.
O que ocorre é que, tendo em vista as alterações promovidas
na legislaçãoeleitoral,especificamentenoquediz respeitoao
financiamento das campanhas, os recursos investidos foram
aquémdas expectativas iniciais.
Abertamente aAbigraf defendeu o impeachment e a ins-
tituiçãodeumnovogoverno. O impeachment aconteceu,
de fato. Agora há um novo governo?
Cremos que sim, tanto é verdade que um clima demaior oti-
mismo tomou conta dos agentes de mercado, fazendo que
o ritmo de queda da economia desacelerasse, porém ainda
há várias medidas estruturais que devem ser colocadas em
prática, algumas delas anteriormente citadas, para que este
cenário demelhora se confirme e evolua.
Como a Abigraf vem se preparando para encarar 2017?
Quais as ações desenhadas para o empresário gráfico?
Sendo nossa entidade de cunho patronal, as ações e even-
tos para o empresariado gráfico terão foco na transmissão
de conhecimentos que propiciemmaior eficácia em gestão e
planejamento, pois sobretudo no ambiente macroeconômico
atual não há espaço para improvisos e ações desconectadas
comosobjetivosemetasprincipais.Aadoçãodepráticasque
disseminem a inovação em produtos, processos e no atendi-
mentopersonalizadoaosclientes,bemcomoa racionalização
dos custos e investimentos, buscandooaumento contínuoda
produtividade, serão temas constantemente abordados.
Fale sobre os números finais de 2016 e a previsão de
mercado para 2017.
Assim como todo o setor industrial do nosso país, a indústria
gráficabrasileira,queveiodeumanobastante ruimem2015,
no qual apresentou uma queda de 13,9% em sua produção
física industrial, está tendo um ano bastante volátil, uma vez
que no primeiro trimestre o ambiente de negócios ainda es-
tava bastante hostil, no segundo demonstrou uma melhora
em virtude do aumento generalizado do índice de confiança
dos agentes de mercado, notadamente impulsionados pelo
processo de impeachment da ex-presidente, bem como pela
aproximação dasOlimpíadas e período eleitoral.
Já o terceiro trimestre decepcionou. A produção física da in-
dústria gráfica caiu 5,1% na comparação com o terceiro tri-
mestre do ano passado, ou seja, basicamente em linha com
o comportamento do restante da indústria de transformação,
cuja produção recuou4,8%namesma comparação.
Apesar da queda na produção, que provavelmente ainda será
registrada na consolidação dos resultados deste ano, a ex-
pectativaédeque tenhamosumquadrogeral deestabilidade
no primeiro semestre de 2017, com uma lenta retomada nos
últimos seis meses, devido, principalmente, à restrição de
crédito no mercado, que agrava a difícil situação financeira
das empresas e, consequentemente, uma retomadamais vi-
gorosa no nível de emprego do país.
De qualquer forma, um cenário mais otimista foi constatado
através da melhora da confiança do empresariado gráfico,
conforme sondagem realizada periodicamente pelo depar-
tamento econômico de nossa entidade, como também pela
redução do ritmo de demissões líquidas emnosso setor.
“Apesar da queda na produção, que
provavelmente ainda será registrada na
consolidação dos resultados deste ano, a
expectativa é de que tenhamos um quadro
geral de estabilidade no primeiro semestre
de 2017, com uma lenta retomada nos
últimos seismeses, devido, principalmente,
à restrição de crédito nomercado, que
agrava a difícil situação financeira das
empresas e, consequentemente, uma
retomadamais vigorosa no nível de
emprego do país.”
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