Revista Graphprint - Edição 157 - page 38

ARTIGO
GRAPHPRINT AGOSTO 15
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RecenteestudodoFórumMundial deCidadesCulturais, constituí-
dopelas 27maioresmetrópoles domundo, indicouqueSãoPaulo
e Rio de Janeiro estão entre as que apresentam omenor número
de bibliotecas e livrarias para cada cemmil habitantes. O proble-
ma não é apenas de nossas duasmais populosas capitais. É algo
que afeta todo oBrasil.
Temos, para 200 milhões de habitantes, pouco mais de 3 mil li-
vrarias (médiade1,5paracadacemmil pessoas), observando-se,
ainda, grande concentração dos pontos de venda. A última atuali-
zação realizadapeloSistemaNacional deBibliotecasPúblicas,em
fevereiroúltimo,demonstraqueháapenas6.102dessasunidades
municipais,distritais,estaduaise federaisem todooBrasil (média
de três por 100mil habitantes). Épouco!
Por isso, é fundamental semear bibliotecas de livre acesso nos
municípios brasileiros. Sem qualquer exagero, não há obra mais
importante para uma cidade, um estado ou um país do que colo-
car livros à disposição da sociedade, ampliando a possibilidade
de leitura para as crianças, os jovens e os adultos. Sem sombra
de dúvida, tudo o que oBrasil precisa para vencer as dificuldades
atuais, voltar a crescer e se tornar um grande país desenvolvido
é de livros, professores e alunos, com oferta de matrículas nas
escolas públicas suficiente para atender toda a demanda.
Daí, a grande importância da ação de responsabilidade social da
indústria gráfica paulista, por meio de projeto, iniciado em 2005,
viabilizado peloSindicato das Indústrias Gráficas no Estado deSão
Paulo (Sindigraf-SP) e pelaAbigraf Regional São Paulo, de formali-
zar parcerias com prefeituras para implantar e revitalizar bibliote-
casemcidadesdo interior.Atéagora, foram18unidadesentregues.
Ao disponibilizar livros para quem ensina e quem aprende, a bi-
blioteca torna-seum elemento importantena estruturado ensino,
pois o livroéalgoessencial paraaboaescolaridadeea formação
intelectual e cívica dos indivíduos.
A indústria gráfica brasileira tem uma opinião inabalável: acredi-
tamos que o ensino de qualidade é a grande base para que nosso
país cresça,modernize-se, crie empregos de qualidade para todo
o seupovo e se desenvolva com justiça social.
Por isso, fomos os primeiros, noCongressoBrasileiro da Indústria
Gráfica, em 2011, a propor que o dinheiro para financiar a educa-
ção seja equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Tenho
certeza de que se destinarmos à formação escolar e acadêmica
denossas crianças e jovens 10%de todaaproduçãoe riquezade
Professores, alunos e livros
Por FabioArrudaMortara*
nosso país, multiplicaremos isso por dez em pouco tempo. É por
isso que nos esforçamosmuito para instalar bibliotecas nas cida-
des paulistas, buscando contribuir para reduzir a carência desses
espaços públicos de acesso ao conhecimento.
Na estrutura do ensino, o livro só perde em importância para os
professoresealunos,maséumgrandealiadoeparceiroparaque
mestres eestudantes, ensinandoeaprendendo, construamoBra-
sil de nossos sonhos!
*PresidentedoSindicatodas IndústriasGráficasnoEstadodeSão
Paulo (Sindigraf-SP),coordenadordoComitêdaCadeiaProdutiva
doPapel,GráficaeEmbalagem (Copagrem) daFiesp,presidente
daConfederaçãoLatino-americanada IndústriaGráficaecountry
managerdaTwoSidesBrasil.
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