Revista Graphprint - Edição 173 - page 17

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Imprimir e Escrever
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das, como divulgado. Considerando apenas o segmento de imprimir e escrever,
oconsumo internoaparente foi de921mil toneladas,quedade6,6%anteas986
mil toneladas apuradas no primeiro semestre do ano passado.
Um indicador preponderanteparaoavançonoconsumodepapel équeosbrasi-
leiros estão lendomais. De 2011 a 2015, houve um aumento de 50% para 56%
no total da população de leitores. O número de livros lidos por ano passou de 4
para 4,96 livros, sendo 2,43 livros concluídos e 2,53 lidos em parte. Os dados
foram apresentados pela 4ª edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil,
realizada pelo Ibope por encomenda do InstitutoPró-Livro, no ano passado.
A pesquisa entrevistou 5.012 brasileiros commais de 5 anos de idade, alfabeti-
zados ounão, durante o período de 23de novembro a 14de dezembro de 2015.
O relatório é divulgado a cada quatro anos e segue os parâmetros do Centro
Regional paraoFomentodo LivronaAmérica Latina (Cerlalc). NoBrasil entre os
leitores asmulheres predominam: 59% são leitoras. Entre os homens, o índice
é de 52%. Foi registrado um aumento de leitores na faixa etária entre 18 e 24
anos: de 53% em 2011 passou para 67% em 2015. Com relação à aquisição de
livros, 74% da população não comprou nenhum livro nos últimos trêsmeses e
30%dos entrevistados afirmaramque nunca compraramum livro.
VISÃODOS FORNECEDORES
Amídia impressa, pelo visto, vem retomando espaço em diferentes mercados.
Antes encarados como grandes “adversários”damídia impressa, algunsmeios
tecnológicos estão em desuso, como, por exemplo, os leitores de livros digitais.
E, por estemotivo, o ano de 2017 promete pontos positivos ao setor papeleiro.
“Vivemos em ummundo novo, commais acesso à informação e velocidade de
comunicação. O consumo per capita de papéis imprimir e escrever é cinco ve-
zes maior nos EUA em comparação com o Brasil, que ainda tem pouco hábito
de leitura, portanto vejo que existemuito espaço para o crescimento e todas as
iniciativas e tecnologias nessa direção serão bem-vindas. Vejo que o caminho
para nossomercado está em fomentar a educação e a leitura como elementos
transformadores, que, por consequência, gerarão mais demanda”, avalia Ale-
xandre Cezilla, gerente executivo de estratégia e
marketingdaSuzanoPapel eCelulose.
Cezilla explica que, analisando o cenário brasi-
leiro, a Suzano ainda não tem as informações de
fechamento de 2016: “No entanto, de acordo com
informaçõesda Ibá, emnovemesesde2016ade-
manda doméstica por I&E e papel cartão retraiu
3,7% na comparação com o meesmo período de
2015, com as vendas da indústria local crescendo
0,3% e as importações contraindo 22,7%.”
Por sua vez, a International Paper divulga somen-
te seus resultados globais. “Somando o primeiro,
segundo e terceiro trimestres de 2016, o negócio
de papel para imprimir e escrever da IPnomundo
teve US$ 3,721 bilhões em vendas; o negócio de
papel doBrasil representa 17% deste total”,mos-
tra Mariana Prado, gerente de negócios de papel
para imprimir e escrever da International Paper.
Com relação à mídia papel, Mariana destaca que
há muita especulação sobre a diminuição do uso
do papel, mas a verdade é que os meios eletrô-
nicos não o substituem totalmente e, emmuitos
aspectos, até impulsionam a utilização do papel,
uma vez que as pessoas têmmais acesso às in-
formações e preferem,muitas vezes, imprimi-las.
“A IP acredita na convivência entre os doismeios,
MarianaPrado,gerentedenegóciosdepapel para imprimir eescreverda
International Paper:
“A IP acredita na convivência entre os doismeios, já que a
impressãomuitas vezes complementa experiências online.
Além disso, a leitura de livros impressos é uma tradição
passada de geração em geração e não depende de fatores
como acesso à internet, infraestrutura de banda larga,
gadgets, etc., por isso é uma demanda que tende a ser
contínua. Entendemos que a demanda de papel para imprimir
e escrever permanecerá estável no próximo ano.”
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