Revista Graphprint - Edição 155 - page 52

PapéisReciclados
GRAPHPRINT JUNHO15
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LeonardoGrimaldi,diretor comercial daUnidadedeNegócioPapel daSuzano
Papel eCelulose:
“Omaior consumo acontece no segmento
promocional, que utiliza o nossoReciclato
para agendas, folhetos, cartões de visita,
pastas e outrosmateriais.”
LeonardoGrimaldi, diretor comercial daUnidade deNegócio Papel da Suzano
Papel e Celulose, fala que o insumo mais comercializado pela empresa é o
ReciclatoSuzano. “Omaior consumoaconteceno segmentopromocional,que
utilizaonossoReciclatoparaagendas, folhetos,cartõesdevisita,pastaseou-
trosmateriais”, aponta. Aindadeacordo comoexecutivo, aSuzanoaindanão
produz um formato especial do Reciclato para impressão digital, “mas temos
observado que as gráficas com foco neste tipo de impressão têm começado
a utilizar o nosso produto. Isto pode vir a ser uma tendência importante para
o futuro próximo.”
Grimaldi falaqueaSuzanoPapel eCelulose foi aprimeiraempresaaproduzir
umpapel reciclado em escala industrial, oReciclatoSuzano, em 2001.
Já na opinião de Gianini, omercado de impressão digital vemmigrando para
segmentos até então atendidos por outras tecnologias de impressão, como o
offset e embalagens: “Portanto, direcionando-se naturalmente ao consumo
dos cartões Papirus. Os produtos Papirus são totalmente compatíveis com
essa tecnologia e inclusive alguns de nossos materiais promocionais já se
utilizamdesse recurso, conferindo um excelente resultado.”
Conforme informações de Gianini, a capacidade produtiva da Papirus é de
aproximadamente 92 mil toneladas/ano. Também foram investidos R$ 23
milhões nos últimos dois anos visandomelhorias de equipamentos. “Nossos
investimentos são norteados pelas demandas demercado, tanto em volumes
quanto na diversificação e customização de produtos”, completa.
Curiosidadesdosetordereciclagem
O Compromisso Empresarial para Reciclagem
(Cempre) é uma associação sem fins lucrativos
dedicada à promoção da reciclagem dentro do
conceito de gerenciamento integrado do lixo
O “Cempre Informa” conversou com Pedro Vilas
Bôas, consultor daAnap e diretor daAnguti Esta-
tística, responsável pelo levantamento dos dados
sobre o setor. A seguir, os principais trechos da
entrevista sobre esse segmento que reúne cerca
demil empresas em todo o país.
Qual é a importância dos catadores para o
segmento?
As cooperativas e catadores respondem por cer-
ca de 20% do volume entregue aos aparistas e,
se considerarmos que uma das fontes dematerial
dos sucateiros também é o catador, temos que um
grande percentual do material coletado vem des-
ses trabalhadores, gerando renda de forma signifi-
cativaparaascamadasmaispobresdapopulação.
Em2011, quandofizemos o primeiro levantamen-
to estatístico, as cooperativas representavam 7%
domaterial coletadopelos aparistas e, em2013, já
tinhamdobrado suaparticipação. Há,porém, espa-
ço para o crescimento, que deve ocorrer àmedida
que as cooperativas se estruturem e se firmem no
cenário econômico nacional. Os dados apontam
que,somenteem2013,oscooperadoseoscatado-
res independentes receberam, aproximadamente,
R$ 286,4 milhões pela venda de aparas de papel,
quantia trêsvezesmaiordoqueem2011, lembran-
do que o valor das aparas de papel está sujeito a
variações fortes de um ano para o outro e que, em
2013, estavaapresentandoboacotação.
Quais são hoje asmaiores dificuldades para o
segmento?
Eu diria que omaior problema é a falta de padrão
de crescimento do país. Essa oscilação geramo-
mentos de profundo desequilíbrio entre a oferta
e a demanda de material, trazendo fortes varia-
ções nos preços, que são prejudiciais a todos os
players da cadeia da reciclagemde papel.
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