Revista Graphprint - Edição 174 - page 7

GRAPHPRINT MARÇO17
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Entrevista
Compartilhe conosco a história da Power Graphics. Con-
te-noscomoaempresavemsepreparandoparaatuarde
forma diferente nomercado?
Estamos há 22 anos nomercado e em junho de 2016 passa-
mos pelo processo de dissolução de sociedade e também a
viver uma novafilosofia dentro da empresa.
Apostamos então em uma nova filosofia de atendimento que
compreende reposicionamento da marca Power Graphics.
Começamos com a atualização da logotipo auxiliados por
uma agência que presta serviços de marketing e nos mos-
trou, pormeio de pesquisas, como a Power Graphics poderia
se apresentar neste novomomento. Essa agência conseguiu
provar queamarcanãoestavadesgastadaequeémuito for-
te nomercado.
Em paralelo,mais precisamente em agosto de 2016, conclu-
ímos a dissolução e acabei ficando com a área digital para
gerenciar. O ambiente de impressão digital exige trabalho
diário, commuita atenção ao detalhes. Assim é a história da
PowerGraphics,umaempresa sólidaepreparadaparaosno-
vos tempos.
Podemos entender um claro posicionamento junto ao
mercadodigital.Por issoháumdirecionamentodeaten-
dimento mais customizado, ou seja, entender que esse
universo émuitomais que impressão?
Omercadomudou. Percebemos issodiariamente. Houveuma
considerável diminuição de tiragem, mas por outro lado há
maior números de companhas que demandam impressão.
Antes havia campanha de 10mil, hoje são 10 ações demil.
É um novo momento, uma reestruturação de mercado com
novosposicionamentos.Talvezpor issoasgráficasestãosen-
tindooproblemadenão ter demanda. Nãoé fácil paramuitas
empresas rodar 10 jobs demil. Não compensada forma con-
vencional, então é omomento de partir rumo ao digital.
Outro detalhe é que o cliente pede serviço para daqui a uma
hora, nomáximo duas. É, claro, uma força de expressão em
alguns casos, mas a velocidade é fundamental nomeio grá-
fico atual. Por isso, o digital está mais bem posicionado no
mercado. Já o offset vemperdendo posicionamento.
Então o senhor não enxerga a questão de qualidade de
impressão como uma barreira nesse ambiente?
Não. Já houve uma distância muito grande, hoje estão bem
próximas. Por exemplo,muita gente dizia que o livro tinha de
ser impressonooffset,mas issomudoue tambémestásendo
viável a impressão de livros no digital. Até por uma questão
de logística e coerência, pois o digital produz sob demanda.
Qual o sentido de rodar 10mil livros e ocupar um espaço gi-
gante se você pode perfeitamente atender de acordo com a
demanda?
Voltando à questão da qualidade, se você analisa com o con-
ta-fio um livro feito no offset e no digital vai ser difícil qual
tecnologia de impressão foi usada. É lógico que quem está
nomercadopercebeatépelo cheiro,mas aqualidadeéaltae
chega ao cliente damelhor forma possível.
A Power Graphics está com a porta aberta literalmente
aberta para receber o público. O senhor acha que dentro
da indústria gráfica ainda é importante essa relação ou
o gráfico tem de fazer um exercício de mostrar como a
impressãopodecontribuir de formadiretaparaasações
de venda, por exemplo?
Isso existe, sim. No geral, o gráfico se acomodou muito, era
muitopassivo. Esperavao clientebuscar informações de tec-
nologia para questioná-lo, e aí sim começar a correr atrás.
Por isso tambémmudamos o posicionamento da Power. Falo
por nósmesmos, pois fomos em busca de tecnologia e faze-
mos o exercício de repassar a informação ao nosso cliente.
Quer um exemplo claro? Hoje, na minha área comercial, é
proibido falar a palavra venda!
Vocêquer comprar éumaperguntaquedeveser evitadaden-
tro da Power. O mercado está recessivo e qualquer pessoa
que escuta venda já sente rejeição.
Criamos uma atitude mais ativa dentro do cliente sem falar
em vendas, diretamente. Estamos mais próximos do cliente
devido à atitude de mostrar e compartilhar novas experiên-
cias. Há alguns anos receberíamos cercade 150 ligações por
dia de clientes em busca de soluções. Hoje, a quantidade di-
minuiu, pois estamos a caminho do cliente, cumprindo com a
nossa obrigação de levar conhecimento aomercado.
Tratar a venda como uma troca de conhecimento é o ca-
minho que leva ao valor agregado?
Exatamente. Hámuitas commodities nomeio gráfico. Há vá-
“Omercadomudou. Percebemos isso
diariamente. Houve uma considerável
diminuição de tiragem,mas por outro lado há
maior números de companhas que demandam
impressão.Antes havia campanha de 10mil,
hoje são 10 ações demil.”
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