Revista Graphprint - Edição 148 - page 8

GRAPHPRINT OUT 14
ENTREVISTA
8
LEVI CEREGATO
FábioSabbag
ATENÇÃO IRRESTRITAÀCÉLULADAECONOMIA
Levi Ceregato,presidentenacional daAssociaçãoBrasileirada IndústriaGráfica (Abigraf), recebeuaGRAPHPRINT,nasededa
associação, emSãoPaulo, paramostrar sua visão no comando da entidade.
Entre vários assuntos debatidos, Ceregato sabequenão vai ser fácil o caminho, porémmostra total disposiçãopara atender
as demandas do empresariado gráfico brasileiro. Para o presidente, a atenção tem de estar voltada ao empresário, que é a
célula quemovimenta omercado.
Quase que em paralelo à entrevista, surgiram os dados da Abigraf com base na Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. Com
queda de 1,8% no segundo semestre, indústria gráfica recua na projeção para o ano. A produção física da indústria gráfica
brasileira caiu1,8%no segundo trimestre em relação aos três primeirosmeses do ano.
Atento ao risco de novas retrações, o setor reviu para baixo a projeção para o ano. “Prevíamos queda de 1,7% na produção
anual,masacreditamosqueo recuodeveatingir 3,5%”, afirmaopresidentenacional daAbigraf.AcrisenaArgentina, impor-
tante parceiro comercial do setor, a alta de juros, a ameaça de crise energética e a alta nos preços de energia nomercado
livre, o aumento da inadimplência pelas empresas e o enfraquecimento generalizado da economia são alguns fatores que
levaram o setor a rever suas expectativas. “Além disso, os dias parados durante a Copa foram negativos para a indústria de
transformação, embora parte dos efeitos ainda possa ser revertida ao longo do segundo semestre”, ponderaCeregato.
A revisão de expectativas para baixo não surpreende. O Índice de Confiança do Empresário Gráfico, apurado no segundo
trimestre, já indicava o pessimismo do empresário do setor ao registrar 48,3 pontos, abaixo da linha de neutralidade de 50
pontos.
Como ponto positivo, Ceregato declarou ver com bons olhos asmedidas anunciadas recentemente pelo Banco Central para
aumentar o volume de recursos que os bancos podem utilizar nas suas operações de crédito e de financiamento. “Nesse
momento, ainda não é possível dimensionar os efeitos positivos para a indústria gráfica. Porém, não há dúvida de que o
aumento na oferta de crédito irriga a economia commaior liquidez, contribuindo para que os negócios possam fluirmelhor
e emmaior volume”, afirma.
Acompanhe agora a conversa com o presidente daAbigraf.
1,2,3,4,5,6,7 9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,...60
Powered by FlippingBook