Revista Graphprint - Edição 148 - page 10

ENTREVISTA
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Ceregato:
Nos últimos anos, por falta de oportunidade, a in-
dústriagráficanuncasentoucomaPresidênciadaRepública.
Isso não significamaior oumenor competência, é uma ques-
tão de oportunidade.
Levamos para apresidentaDilma aquestãodos livros didáti-
cos impressos na China, e ela, surpresa, disse que não tinha
conhecimento. Esses livros entramnoPaís livresdequalquer
tributo, enquanto a indústria brasileira, para imprimi-los, se-
ria onerada em9,25%de contribuições, comoPIS eCofins.
Outro ponto apresentado foi a questão damargem de prefe-
rência, onde 25% amais tem de dar vantagem ao produto na-
cional. Porfim,veioadesoneraçãoda folhadepagamento,que
contemplou apenas as empresas de embalagem. São temas
que a presidenta Dilma não tinha conhecimento,mas semos-
troumuito receptiva,encaminhando rapidamenteaosministros.
Agilizamos agoraa tramitaçãodoProjetode Lei 366, que re-
gularizaoconflito tributáriona indústriaentrepagamentode
ISS e ICMS. Quando a empresa produz cartão de visita paga
ISS, quando faz caixa, embalagem, bula seria ICMS.
A competência do ISS émunicipal, e o ICMS é estadual, po-
rémhávezesqueoestadoquer receberoqueédaprefeitura
e vice-versa. Assim, é criado o conflito tributário que joga o
empresário numa zona cinzenta de insegurança jurídica. É
umprojeto bem encaminhado, uma ação propositiva.
GRAPHPRINT: Há prazos para a consolidação desse projeto?
Ceregato:
É difícil definir prazos, mas temos de ter foco.
Para andarmos, precisamos dar os primeiros passos. E um
passo importante é ser otimista, quem está à frente de uma
entidade não tem alternativa que não seja o otimismo.
Dependemos de ações favoráveis e positivas. No aspecto da
Abigraf nacional criamos a sala do empresário brasileiro, na
sede, emSão Paulo. É um local para fazer negócios. Dentro
de 30 dias inauguraremos um escritório em Brasília que vai
representar os interesses da indústria junto aos poderes pú-
blicos da União. O escritório criará uma interlocução com o
Governo Federal.
O importante é levarmos aos empresários o que está acon-
tecendo, afinal de contas zelamos pelos interesses das em-
presas brasileiras.
GRAPHPRINT: Qual a sua opinião sobre a ExpoPrint realizada
recentemente emSãoPaulo?
Ceregato:
Fazendoumaanalogiacomobaldedeáguagela-
da que se transformou em campanhamundial na internet, a
ExpoPrint veio acordar omercado, dizer que as coisas estão
acontecendo. Estávamos entrando num estado de letargia...
O evento trouxe novas tecnologias e reanimou a relação en-
tre compradores e fornecedores. Negócios foram consolida-
dos e foi um período extremamente positivo. Caso o evento
não existisse poderíamos estar adormecidos ainda.
As empresas, infelizmente, vivem ciclos; antigamente havia
projetos de 30 anos. Com a tecnologia embarcada, os pro-
jetos têm uma vida de cinco anos. Hoje, o equipamento se
deprecia pela obsolescência e quem vende não se dispõe a
absorver a tecnologia defasada. A contabilização dessa de-
preciação é perversa.
“Dependemos de ações favoráveis e
positivas. No aspecto daAbigraf nacional
criamos a sala do empresário brasileiro,
na sede, emSão Paulo. É um local
para fazer negócios. Dentro de 30 dias
inauguraremos um escritório emBrasília
que vai representar os interesses da
indústria junto aos poderes públicos da
União. O escritório criará uma interlocução
com oGoverno Federal.”
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